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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Musa de Tempo


Por:  Mateus Silva Saraiva.

O mundo é um lugar perigoso,
Alcova daquele que é ocioso,
Que no movimento do tempo,
É andarilho caminhando a destempo.
E no ensejo que para por um momento,
Colhe em um profundo alento,
Com tremulas mãos o tempo e suas areias,
Com isto moldando belas musas, ninfas e sereias.
Em uma só divina e perfeita anima,
Integra e sublime obra-prima,
De deusa sem rosto frente sua alma ínfima,
Que aquecida é espelho frio de perfeita rima.
Com rosto perdido de mulheres belíssimas,
Iniciando a busca do herói e aventuras antiquíssimas.  
Para encontrar sua relíquia, o verdadeiro rosto,
Que adorna sua própria face de olhar indisposto,
Do ocioso andarilho sem rosto,
Com suas mãos moldando o tempo a seu gosto.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Imagens Quebradas.

Por: Mateus Silva Saraiva

 Imagens e sonhos despedaçados,
Espelhos pela cruel existência estilhaçados,
Nossa imagem em pedaços,
Nós despedaçados.

 Imagens são as ilusões de nosso olhar,
Quando estamos muito à fora fitar,
Mas facilmente se partem,
Os espelhos que nos refletem.

 Manchados por sangue e emoções,
Um suspiro enlouquecido,
Refletido em frações,
De um eu perdido.

 Em um labirinto de ilusões.
Somos nós em narcisos fragmentados.
 Procurando por razões.
Em mundos projetados, distorcidos, quebrados.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Arremedo do Existir

Por: Mateus Silva Saraiva


A salvação é dos amores que me prendo,
Dos prazeres em que me arremedo,
Perdendo-me em profundo medo de ter medo,
E de todo sentido escarnecendo.

Repleto de sabedoria de quem está perdido,
Indolente como garoto sonhador transgredido,
Sem pertencer, sem razão, sem sentido,
Enlouquecido, então quem seria existindo.

Só, quem se agarra aos poucos amores,
Arete de próprios sofrimentos e horrores,
Do mundo, só, mais um de seus atores,
Gritando silenciosamente socorros desesperadores.