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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Musa de Tempo


Por:  Mateus Silva Saraiva.

O mundo é um lugar perigoso,
Alcova daquele que é ocioso,
Que no movimento do tempo,
É andarilho caminhando a destempo.
E no ensejo que para por um momento,
Colhe em um profundo alento,
Com tremulas mãos o tempo e suas areias,
Com isto moldando belas musas, ninfas e sereias.
Em uma só divina e perfeita anima,
Integra e sublime obra-prima,
De deusa sem rosto frente sua alma ínfima,
Que aquecida é espelho frio de perfeita rima.
Com rosto perdido de mulheres belíssimas,
Iniciando a busca do herói e aventuras antiquíssimas.  
Para encontrar sua relíquia, o verdadeiro rosto,
Que adorna sua própria face de olhar indisposto,
Do ocioso andarilho sem rosto,
Com suas mãos moldando o tempo a seu gosto.

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