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terça-feira, 6 de março de 2012

Um Sonho com as Mil crias da Cabra Negra dos Bosques.

Noites (manhãs) passadas tive este sonho, como foi digno de meu escritor favorito Lovecraft, vou posta-lo aqui.


A cidade havia sido invadida por uma entidade gigantesca, repleta de tentáculos pegajosos de cor marrom clara, cheio de furúnculos e pequenos espinhos que lembravam dentes, a criatura era tão grande, que só era possível ver à seus tentáculos, impossível era contemplar tamanho horror por completo. Aquelas pessoas que eram atingidas por seus tentáculos e feridas, começavam a transmutar, e logo, em algumas poucas horas se tornavam uma miniatura daquela criatura, um clone daquele horror inominável. 
Estava em casa, com um amigo que não me lembro exatamente quem era, e uma garota que gostava, quem pelo menos não conheço na realidade, mas era uma morena alta, bonita de olhos claros que gostava no sonho. A estrutura da minha casa era mesclada com a minha casa atual e a primeira casa onde morei. Procurávamos um jeito de escampar daquele horrendo ser e suas crias em transformação. Quando meu amigo foi espiar, um dos tentáculos o agarrou, e o levou para além dos muros da casa. 
Eu e a garota corremos para casa e entramos, uma fuga vã, já que a criatura podia facilmente esmagar a casar, mas ela não parecia querer matar e sim se multiplicar, o desespero nos tomava. Seus tentáculos parecia caçar as pessoas, como se sentisse sua força vital. 
Em um súbito silenciar dos gritos de desespero e agonia das pessoas na rua, fui olhar o que acontecia, quando inesperadamente aquele tentáculo veio com tudo em minha direção, eu pulei para o lado, enquanto facilmente a criatura em um rápido golpe derrubara a porta, e logo se retraia. Mas não, não podia ser, o tentáculo pegara de raspão no rosto da minha amada garota sem nome, o terror e o desespero se multiplicava em meu coração. Tinha de impedi-la de tornar um daqueles monstros nojentos.
Corri para meu templo nos fundos, em meio a ervas e receitas alquímicas, numa banheira preparei um banho para tentar tirar dela aquela massa pútrida amarronzada que ia tomando seu corpo e o transmutando, e restaurar sua beleza. Quando terminei o preparo, seu corpo já estava todo tomado, ela mal conseguia respirar, não podia se ver mais sua delicada e bela pele, que estava tomada pelas características daquela blasfêmia entidade.
A coloquei na banheira, e quando ver.... "Meu Deus!", ela começou a derreter e se misturar ao liquido, como se aquilo fosse acido para ela, vi sua pele, depois seus fluídos corporais lentamente se misturando ao banho que tinha preparado, só restando seus ossos e restos de sua carne. "Oh que eu fiz!!". Mas mesmo com lagrimas no rosto, não era tempo para chorar perdas, uma da cria das criaturas, qual acredito que antes fora meu amigo, entrou na casa, eu me escondi no sótão e me puis a observa-la. Tinha uma especie de grande cabeça com um formato meio oval a um primeiro olhar, mas era totalmente deformada na realidade, poderia se dizer que na verdade era amorfa e mudava de forma constantemente, com diversas bocas e olhos e estranhos orifícios desagradáveis que não ouso descrever, seu corpo se estendia apenas em umas duas duzias de tentáculos logo abaixo da cabela, repletos de pequenos espinhos e furúnculos, no total deveria ter uns dois metros, e se locomovia impulsionando com os tentáculos, nas paredes, teto, chão, onde podia. 
Que terrível desespero meu sonho me impunha, o que fazer, se não fugir, e dizer para todos que aquele preparo alquímico derreteria tal ser. Mas fugir para onde? Oh não! Ela me percebeu esta arrancando as tábuas do teto e vindo para cá. Estou encurralado aqui no sótão, foda-se vou para cima dela! Me atirei em cima da criatura, e a empurrei na tal banheira, e ela começou a se desfazer em uma fumaça fétida e uma massa nojenta, mas não antes de me cortar com seus tentáculos e me contaminar.
Estava perdido, e percebi que então já era tarde para mim, nãp haveria tempo de avisar ninguém, estava me transformando em uma daquelas crias horrendas, não me restava escolha, não me restava sentido, então peguei minha besta na sala, a armei, coloquei a seta e atirei em minha cabeça.

Um comentário:

  1. Odiei a parte em que você morre, até me deu arrepio, escrevi uma música depois de mando, e você vê se gosta.

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