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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O Louco

Ao ler esse texto, sempre deparo comigo mesmo.

Com passos leves, como se a terra e os seus obstáculos pouco pudessem fazer para restringi-lo, um jovem magnificamente trajado pára à beira de um precipício entre as grandes alturas do mundo; olha para a imensidão azul diante dele, para a expansão do céu e não para as perspectivas debaixo. Seu ato de ávida caminhada ainda é indicado, embora ele esteja estacionário em um dado momento; seu cão ainda está pulando. A orla que se abre para o abismo não apresenta terror; é como se anjos esperassem para ampará-lo, se acontecer que ele se despenhe da altura. Seu rosto está repleto de inteligência e de sonho esperançoso. Tem uma rosa em uma das mãos e na outra um bastão custoso apoiado no ombro direito e do qual pende uma mochila curiosamente bordada. É um príncipe do outro mundo viajando neste — em plena glória matinal, ao ar livre. O sol, que brilha atrás dele, sabe de onde ele vem, aonde está indo e como ele voltará por outro caminho, depois de muitos dias. Ele é o espírito à procura de experiência.

-Arthur Edward Waite

2 comentários:

  1. Mais um esplêndido texto, e pelo pouco que sei, combina com você. Enfim, queria perguntar-lhe, o que achou dos poemas que te entreguei?

    Bid you adieu...

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  2. "Wise man say all is fair in love and war
    There's no right or wrong in the design of love"
    Existem muitas formas de amor, e a que atormenta minha alma é sua.

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