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domingo, 10 de agosto de 2014

Prazeres - 96º poema.

Por: Mateus Silva Saraiva

Pelos espíritos do tempo,
Como anos que se vão a cada alento,
Assim se vão os prazeres,
Como cada um dos meus dizeres.

Palavras de mãos com dedos desajeitados,
E boca de fonética às vezes confusa,
Cheia de prazeres já esquecidos,
Em um corpo de alma reclusa.

Nos encontros dessa existência,
Poucos significam, há apenas indolência.
Nas ruas, faces, muitas faces,
Mas muito iguais e sempre fugaces.

Também nas ruas da existência,
Faces perdidas e olhar desatento,
Carregam desprazeres com insistência,
Com corações em desalento.

E persiste a indolência aos prazeres,
Que tentam se agarrar aos amores,
Aqueles poucos residentes em minha alma,
Junta a magia que me inflama.

E a sabedoria leva a perceber,
Não há prazeres, que tudo é em vão,
E que o sentido é que tudo vai perecer,
Feliz o homem que da sabedoria fez ilusão.

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