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terça-feira, 24 de abril de 2012

A Perfeição do Templo


Por: Mateus Silva Saraiva

No céu estrelado do teto,
Inspirado no Grande Arquiteto,
Pelos pilares sustentado,
Glorioso oriente predicado.

Perfeição do templo,
Neste perfeito exemplo,
Das grandes obras divinas,
Dissipar das agnósticas neblinas.

Sanctum dos arcanos santos,
Presente nos hinos e seus encantos,
Fraternidade e igualdade,
De cada iniciado magnanimidade.

O templo e sua sublime beleza,
Mística geografia da natureza,
Que imita o universo e o eterno,
Ao misterioso passe fraterno.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Nephilim

Por: Mateus Silva Saraiva

Há milhares de anos,
Liderei muitos anjos.
Tal como eles, eu era.
Como esfinge e quimera.

Velava pela humanidade,
E com ardia temeridade.
Abandonei minha eternidade.
Antes imortal, sem idade.

Vi meus irmãos sagrarem,
Suas asas vacilarem.
Na rebeldia que me ocorreu.
No dilúvio que aconteceu.

Fazer um trato com Deus,
Perdido nos lábios teus,
Era terrível sentença,
Da paixão, nossa doença.

Quem de nós imaginou,
O pacto em Armom continuou,
Mil vidas se passaram,
E nossos irmãos nos encurralam.

A cada escolha da vida,
Para que não haja mais dívida.
Seja pecado da queda carnal,
Ou do gregário desejo mortal.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Meu Estranho Amor


Por: Mateus Silva Saraiva ao eterno sonho que escondo em minha alma.

Sonhei contigo,
Sempre esteve comigo.
Mas onde está?
Vive só naquela seresta?

Como uma lembrança,
Amorosa herança,
Das quimeras d’alma,
Do ser amalgama.

Estranho amor,
Dos meus sonhos, fervor.
Aonde te encontro?
Sei que sou mero monstro.

Mas de mim não te furtas,
Pesadelos, fugas.
De um reflexo distorcido,
No espelho partido.

Cadê meu sonho?
Neste coração tristonho.
Cadê meu erro?
Como apaixonado pierrô.

Meu eterno estranho Amor,
Sou mero sonhador,
Diga-me, aonde fui, onde estou?
Aonde me encontrou?

Pois, não me encontro,
Mas ainda que perdido, te adoro,
Para sempre sonhado,
Mas, contigo jamais acordando.

terça-feira, 6 de março de 2012

Um Sonho com as Mil crias da Cabra Negra dos Bosques.

Noites (manhãs) passadas tive este sonho, como foi digno de meu escritor favorito Lovecraft, vou posta-lo aqui.


A cidade havia sido invadida por uma entidade gigantesca, repleta de tentáculos pegajosos de cor marrom clara, cheio de furúnculos e pequenos espinhos que lembravam dentes, a criatura era tão grande, que só era possível ver à seus tentáculos, impossível era contemplar tamanho horror por completo. Aquelas pessoas que eram atingidas por seus tentáculos e feridas, começavam a transmutar, e logo, em algumas poucas horas se tornavam uma miniatura daquela criatura, um clone daquele horror inominável. 
Estava em casa, com um amigo que não me lembro exatamente quem era, e uma garota que gostava, quem pelo menos não conheço na realidade, mas era uma morena alta, bonita de olhos claros que gostava no sonho. A estrutura da minha casa era mesclada com a minha casa atual e a primeira casa onde morei. Procurávamos um jeito de escampar daquele horrendo ser e suas crias em transformação. Quando meu amigo foi espiar, um dos tentáculos o agarrou, e o levou para além dos muros da casa. 
Eu e a garota corremos para casa e entramos, uma fuga vã, já que a criatura podia facilmente esmagar a casar, mas ela não parecia querer matar e sim se multiplicar, o desespero nos tomava. Seus tentáculos parecia caçar as pessoas, como se sentisse sua força vital. 
Em um súbito silenciar dos gritos de desespero e agonia das pessoas na rua, fui olhar o que acontecia, quando inesperadamente aquele tentáculo veio com tudo em minha direção, eu pulei para o lado, enquanto facilmente a criatura em um rápido golpe derrubara a porta, e logo se retraia. Mas não, não podia ser, o tentáculo pegara de raspão no rosto da minha amada garota sem nome, o terror e o desespero se multiplicava em meu coração. Tinha de impedi-la de tornar um daqueles monstros nojentos.
Corri para meu templo nos fundos, em meio a ervas e receitas alquímicas, numa banheira preparei um banho para tentar tirar dela aquela massa pútrida amarronzada que ia tomando seu corpo e o transmutando, e restaurar sua beleza. Quando terminei o preparo, seu corpo já estava todo tomado, ela mal conseguia respirar, não podia se ver mais sua delicada e bela pele, que estava tomada pelas características daquela blasfêmia entidade.
A coloquei na banheira, e quando ver.... "Meu Deus!", ela começou a derreter e se misturar ao liquido, como se aquilo fosse acido para ela, vi sua pele, depois seus fluídos corporais lentamente se misturando ao banho que tinha preparado, só restando seus ossos e restos de sua carne. "Oh que eu fiz!!". Mas mesmo com lagrimas no rosto, não era tempo para chorar perdas, uma da cria das criaturas, qual acredito que antes fora meu amigo, entrou na casa, eu me escondi no sótão e me puis a observa-la. Tinha uma especie de grande cabeça com um formato meio oval a um primeiro olhar, mas era totalmente deformada na realidade, poderia se dizer que na verdade era amorfa e mudava de forma constantemente, com diversas bocas e olhos e estranhos orifícios desagradáveis que não ouso descrever, seu corpo se estendia apenas em umas duas duzias de tentáculos logo abaixo da cabela, repletos de pequenos espinhos e furúnculos, no total deveria ter uns dois metros, e se locomovia impulsionando com os tentáculos, nas paredes, teto, chão, onde podia. 
Que terrível desespero meu sonho me impunha, o que fazer, se não fugir, e dizer para todos que aquele preparo alquímico derreteria tal ser. Mas fugir para onde? Oh não! Ela me percebeu esta arrancando as tábuas do teto e vindo para cá. Estou encurralado aqui no sótão, foda-se vou para cima dela! Me atirei em cima da criatura, e a empurrei na tal banheira, e ela começou a se desfazer em uma fumaça fétida e uma massa nojenta, mas não antes de me cortar com seus tentáculos e me contaminar.
Estava perdido, e percebi que então já era tarde para mim, nãp haveria tempo de avisar ninguém, estava me transformando em uma daquelas crias horrendas, não me restava escolha, não me restava sentido, então peguei minha besta na sala, a armei, coloquei a seta e atirei em minha cabeça.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Mentiras


Por: Mateus Silva Saraiva

Sempre diga que sou o único.
Que não para de pensar em mim.
Minta para mim com seu jeito pudico.
Faça-me acreditar assim.

De mim fala que gosta.
Em palavras de “meu amor”.
Da saudade faz proposta.
Oh! Quanto fervor.

Faz-me sentir especial.
Minta para mim, me faça crer.
Em única semana sem igual.
Faça para sempre te querer.

Que nunca sentiu o que te faço sentir,
O que mais para mim quer mentir?
Mas pelo menos assim posso sonhar.
Com tuas mentiras em meu pensar. 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Deslocado


Por: Mateus Silva Saraiva.

Quando você já possuiu tudo.
Já caminhou pelo mundo.
O universo parece sem sentido.
E em tudo que conhece, perdido.

Não há nada que lhe saciar.
A mente vem a perguntar.
Onde estou, onde me enquadrar.
Porque tudo parece falhar?

O que há de errado.
Porque pareço fadado.
Simplesmente nesse mundo deslocado.
Ciclo sem fim de sorriso infundado.

A alegria é a primeira a partir.
Mesmo sem nem mesmo existir.
Isso faz você querer sumir.
Desse mundo fugir.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O distante amor carmim.

Por: Mateus Silva Saraiva

Com tua alma preenche o corpo meu.
Tomai minha razão para bem teu.
Tornaste uma necessidade para mim.

Esteja comigo, seja minha, mesmo distante.
Esteja em meus pensamentos todo instante.
Nesse amor carmim.

Não abandone minha pele.
Para sempre a caricia zele.
Mesmo distante assim.

Lembra-te de mim ao dormir ao acordar.
Sinta-me a cada pulsar, a cada respirar.
Simples assim, seja este amor carmim para mim.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Oásis

Por: Mateus Silva Saraiva.

Da minha alma noite escura.
Perpetua no amor que esconjura.
Tua beleza foi como a luz das estrelas.
Me guiando entre cidadelas.

Deste deserto da vida que peregrino.
Te encontrar foi um oásis cristalino.
Que das águas não pude beber.
Do elixir da vida não pude entorpecer.

Neste oásis onde meus pensamentos jazem.
Como se agora fosse mera miragem.
Sonhando um espaço nas águas de teu lábio.
Aguardando ensejo em gesto sábio.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Feitiço

Por: Mateus Silva Saraiva

Por tantas luas me perco em meu feitiço.
E penso, mas não atiço.
Mil demônios trazerem meus sortidos desejos.
Estes pequenos benfazejos.

Do corpo que aquece o meu na noite fria.
Da doce caricia.
Aguardando a mais bela, na solidão.
Inerente ao meu coração.

De encantadora e graciosa companhia,
Em ensejos de alegria.
Não é pedir muito para Deus, eu diria.
Por vezes, tudo que queria.

Mas se isso os demônios me trouxerem.
Verei sonhos se desvanecerem.
Meu feitiço, cruelmente ferirá a bela e o que somos.
Pois ela jamais esteve em meus sonhos