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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Poesia 121 - As Luzes da Cidade.

As Luzes da Cidade
Por: Mateus Silva Saraiva.

Meu último presente de natal foi escuridão,
Nada espantador para alguém que trabalha nas trevas,
Que ainda assim vive servindo a luz em prontidão,
Contudo vi apagar todas as luzes ainda significativas.

Então cego busquei no alto da montanha,
Enxergar as estrelas do céu para me guiar,
Mas sem estrelas, fora em vão essa minha façanha,
Então para luzes da cidade passei a olhar.

Cidade onde nasci, vivi, ri e escarneci,
As luzes eram artificias não iluminavam a alma,
Tão inominável o vazio das trevas era que desfaleci,
Já que não encontrava meus pedaços naquela cidade calma.

Na luz que me abandonou perdi meus pedaços,
E com minha luz fraca, deixei de existir como era,
Passei a ser uno as trevas e toda agonia era como abraços.
E dentre as luzes da cidade vaguei com minha alma adúltera.


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