As Luzes da Cidade
Meu último presente de natal foi escuridão,
Nada espantador para alguém que
trabalha nas trevas,
Que ainda assim vive servindo a
luz em prontidão,
Contudo vi apagar todas as luzes ainda
significativas.
Então cego busquei no alto da
montanha,
Enxergar as estrelas do céu para
me guiar,
Mas sem estrelas, fora em vão essa minha façanha,
Então para luzes da cidade passei a olhar.
Cidade onde nasci, vivi, ri e escarneci,
As luzes eram artificias não iluminavam a alma,
Tão inominável o vazio das trevas era que desfaleci,
Já que não encontrava meus pedaços naquela cidade calma.
Na luz que me abandonou perdi meus pedaços,
E com minha luz fraca, deixei de existir como era,
Passei a ser uno as trevas e toda agonia era como abraços.
E dentre as luzes da
cidade vaguei com minha alma adúltera.
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